quarta-feira, 7 de março de 2012

Costureiras em falta.

Mercado tem carência de costureiras qualificadas
Data: 27/12/2011


Com o mercado da moda aquecido e o aumento do consumo faltam costureiras para atender a tantos pedidos nas confecções.  O ofício é antigo, mas a carência de profissionais qualificados para trabalhar nas novas máquinas e processos produtivos é grande.  Em janeiro as confecções seguem com vagas abertas. “No começo do ano a indústria produz as encomendas para entrega da coleção de inverno e começa a preparar o lançamento do preview de verão”, diz o presidente do Sindicato do Vestuário de Minas Gerais, Michel Aburachid. Nesta época o mercado de uniformes também está aquecido. “O segmento de uniformes industriais e escolares representa hoje pelo menos 30% do setor,” calcula.

Ele explica que a indústria têxtil e de confecção perdeu muitas costureiras para outros setores que ofereciam melhores remunerações e com as dispensas em determinados períodos do ano. “Estamos recuperando essa mão de obra oferecendo mais benefícios”, garante Aburachid. Segundo ele, o setor deverá crescer 5% em 2012, com uma previsão modesta tendo em vista o quadro econômico de crise nos EUA e na Europa. A aposta é no mercado interno. “95% dos nossos produtos estão ao alcance de todas as classes”, ressalta.

Em todo o Estado são cerca de oito mil confecções que empregam diretamente cerca de 180 mil pessoas. Para facilitar as contratações o Sindicato do Vestuário de Minas Gerais está cadastrando as costureiras em um banco de dados acessível para a indústria.  As oportunidades podem ser aproveitadas nas indústrias e até mesmo em casa. “Com a legalização do empregador individual muitas costureiras e bordadeiras estão optando por trabalhar em casa”, diz.

Para alinhavar procura por mão de obra e oferta de profissionais qualificados, o Senai abre vagas a partir de 3 de janeiro para o curso de costureira no Modatec  em Belo Horizonte e nas cidades polos de confecções.

O diretor do Senai Modatec, Jorge Peixoto,  explica que o curso prepara um profissional capaz de atuar na costura e com visão de todas as etapas industriais. Começa aprendendo como tirar medidas, depois a fazer a modelagem no papel e passar para o tecido, quando aprendem o plano de corte. O próximo passo é o laboratório de costura onde têm contato com máquinas domésticas e industriais. Ao final do curso sabem corte e costura. “Buscamos atender ao perfil exigido pela indústria que precisa de profissionais que entendam o processo do começo ao fim. O conhecimento das máquinas e acessórios também agilizam a produção”, explica.  Para garantir uma das vagas, Peixoto acredita na qualificação. “Conhecer os diversos departamentos, tecidos e equipamentos faz diferença na trajetória profissional”, pondera.

Só neste mês de dezembro, o Senai Modatec  formou 60 costureiras. O curso de qualificação profissional tem duração de três meses. Quem tem entre 16 e 24 anos pode optar pelo curso de aprendizagem industrial gratuito em confecção e moda com duração de um ano. O próximo processo seletivo será em maio de 2012.

Os cursos são oferecidos também em  Divinópolis, Arcos, Formiga, Campo Belo, São João Nepomuceno, Juiz de Fora, Muriaé, Ubá, Governador  Valadares,  Ipatinga, Montes Claros,  Uberlândia,  Uberaba, Patos de Minas, Patrocínio, Nova Serrana e Barroso. “O Senai  está padronizando seus cursos em todo Estado para facilitar o treinamento e aumentar a competitividade da indústria mineira. Seja em Belo Horizonte ou no interior, a metodologia e o conteúdo do curso é o mesmo”, diz Peixoto.
Fonte: portal de notícias Fiemg

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